- Napoleão invade Portugal e força a vinda da corte portuguesa ao Brasil
- a Corte portuguesa chega ao Brasil em 1808 (instala-se no Rio de Janeiro)
- A Abertura dos Portos as nações amigas: Inglaterra
- Realizações de D.João: criação do Banco do Brasil, Jardim Botânico, Teatro Real, Imprensa Régia, Escola Médica
- portugueses exigem a volta da família real
- D.Pedro fica no Brasil como príncipe regente
- Portugal quer recolonizar o Brasil
- Dia do Fico (9 de janeiro de 1822)
-com o apoio da elite, D.Pedro declara o Brasil independente ( 7 DE SETEMBRO DE 1822)
- Poucas mudanças após a Independência: permanece a escravidão / monarquia / povo não participou
- apoio da Inglaterra
- voto censitário (por rendas)
- poder Moderador do Imperador (absolutista)
- Confederação do Equador (movimento separatista em PE)
- derrota na Guerra da Cisplatina (Brasil perde a região do atual Uruguai)
- ataques da imprensa ao imperador D. Pedro I
- descontentamento do povo
- abdicação de D.Pedro I em 1831
Desde a segunda metade do século 17, explodiram na colônia várias revoltas, geralmente provocadas por interesses econômicos contrariados. Em 1684, a revolta dos Beckman, no Maranhão, voltou-se contra o monopólio exercido pela Companhia de Comércio do Estado do Maranhão. Já no século 18, a guerra dos emboabas envolveu paulistas e “forasteiros” na zona das minas; a guerra dos mascates opôs os comerciantes de Recife aos aristocráticos senhores de engenho de Olinda; e a revolta de Vila Rica, liderada por Filipe dos Santos, em 1720, combateu a instituição das casas de fundição e a cobrança de novos impostos sobre a mineração do ouro.
Os mais importantes movimentos revoltosos desse século foram a conjuração mineira e a conjuração baiana, as quais possuíam, além do caráter econômico, uma clara conotação política. A conjuração mineira, ocorrida em 1789, também em Vila Rica, foi liderada por Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, que terminou preso e enforcado, em 1792. Pretendia, entre outras coisas, a independência e a proclamação de uma república. A conjuração baiana -- também chamada revolução dos alfaiates, devido à participação de grande número de elementos das camadas populares (artesãos, soldados, negros libertos) --, ocorrida em 1798, tinha idéias bastante avançadas para a época, inclusive a extinção da escravidão. Seus principais líderes foram executados. Mais tarde, estourou outro importante movimento de caráter republicano e separatista, conhecido como revolução pernambucana de 1817.
Independência. Em 1808, ocorreu a chamada “inversão brasileira”, isto é, o Brasil tornou-se a sede da monarquia portuguesa, com a transferência da família real e da corte para o Rio de Janeiro, fugindo da invasão napoleônica na península ibérica. Ainda na Bahia, o príncipe regente D. João assinou o tratado de abertura dos portos brasileiros ao comércio das nações amigas, beneficiando principalmente a Inglaterra. Terminava assim o monopólio português sobre o comércio com o Brasil e tinha início o livre-cambismo, que perduraria até 1846, quando foi estabelecido o protecionismo.
Além da introdução de diversos melhoramentos (Imprensa Régia, Biblioteca Pública, Academia Militar, Jardim Botânico, faculdades de medicina do Rio de Janeiro e da Bahia e outros), no governo do príncipe regente D. João (que passaria a ter o título de D. João VI a partir de 1816, com o falecimento da rainha D. Maria I) o Brasil foi elevado à categoria de reino e teve anexadas a seu território a Guiana Francesa e a Banda Oriental do Uruguai, que tomou o nome de província Cisplatina.
A partir de 1821, com a volta do rei e da corte para Portugal, o Brasil passou a ser governado pelo príncipe regente D. Pedro. Atendendo principalmente aos interesses dos grandes proprietários rurais, contrários à política das Cortes portuguesas, que desejavam recolonizar o Brasil, bem como pretendendo libertar-se da tutela da metrópole, que visava diminuir-lhe a autoridade, D. Pedro proclamou a independência do Brasil, em 7 de setembro de 1822, às margens do riacho do Ipiranga, na província de São Paulo. É importante destacar o papel de José Bonifácio de Andrada e Silva, à frente do chamado Ministério da Independência, na articulação do movimento separatista.
Primeiro reinado. Aclamado imperador do Brasil, D. Pedro I tratou de dar ao país uma constituição, outorgada em 1824. No início do seu reinado, ocorreu a chamada “guerra da independência”, contra as guarnições portuguesas sediadas principalmente na Bahia. Em 1824, em Pernambuco, a confederação do Equador, movimento revoltoso de caráter republicano e separatista, questionava a excessiva centralização do poder político nas mãos do imperador, mas foi prontamente debelado. Em 1828, depois da guerra contra as Províncias Unidas do Rio da Prata, o Brasil reconheceu a independência do Uruguai.
Depois de intensa luta diplomática, em que foi muito importante a intervenção da Inglaterra, Portugal reconheceu a independência do Brasil. Freqüentes conflitos com a Assembléia e interesses dinásticos em Portugal levaram D. Pedro I, em 1831, a abdicar do trono do Brasil em favor do filho D. Pedro, então com cinco anos de idade.
Período regencial. O reinado de D. Pedro II teve início com um período regencial, que durou até 1840, quando foi proclamada a maioridade do imperador, que contava cerca de quinze anos. Durante as regências, ocorreram intensas lutas políticas em várias partes do país, quase sempre provocadas pelos choques entre os interesses regionais e a concentração do poder no Sudeste (Rio de Janeiro). A mais importante foi a guerra dos farrapos ou revolução farroupilha, movimento republicano e separatista ocorrido no Rio Grande do Sul, em 1835, e que só terminou em 1845. Além dessa, ocorreram revoltas na Bahia (Sabinada), no Maranhão (Balaiada) e no Pará (Cabanagem).
Segundo reinado. O governo pessoal de D. Pedro II começou com intensas campanhas militares, a cargo do general Luís Alves de Lima e Silva, que viria a ter o título de duque de Caxias, com a finalidade de pôr termo às revoltas provinciais. A partir daí, a política interna do império brasileiro viveu uma fase de relativa estabilidade, até 1870.
A base da economia era a agricultura cafeeira, desenvolvida a partir de 1830, no Sudeste, inicialmente nos morros como o da Tijuca e a seguir no vale do Paraíba fluminense (província do Rio de Janeiro), avançando para São Paulo (vale do Paraíba e oeste paulista). Até 1930, o ciclo do café constituiu o principal gerador da riqueza brasileira. A partir da década de 1850, graças aos empreendimentos de Irineu Evangelista de Sousa, o barão e depois visconde de Mauá, entre os quais se destaca a construção da primeira estrada de ferro brasileira, ocorreu um primeiro surto de industrialização no país.
A base social do império era a escravidão. Desde o período colonial, os negros escravos constituíam a principal, e quase exclusiva, mão-de-obra no Brasil. As restrições ao tráfico negreiro começaram por volta de 1830, por pressões da Inglaterra, então em plena revolução industrial. Finalmente, em 1888, após intensa campanha abolicionista, a chamada Lei Áurea declarava extinta a escravidão no país. Nesse período, houve uma grande imigração para o Brasil, sobretudo de alemães e italianos.
Na política externa, sobressaíram as guerras do Prata, em que o Brasil enfrentou o Uruguai e a Argentina, e a da Tríplice Aliança ou do Paraguai, que reuniu o Brasil, a Argentina e o Uruguai numa coligação contra o ditador paraguaio Solano López. A guerra do Paraguai (1864--1870), um dos episódios mais sangrentos da história americana, terminou com a vitória dos aliados.
A partir de 1870, a monarquia brasileira enfrentou sucessivas crises (questão religiosa, questão militar, questão da abolição), que culminaram com o movimento militar, liderado pelo marechal Deodoro da Fonseca, que depôs o imperador e proclamou a república, em 15 de novembro de 1889.
República Velha. A Primeira República, ou República Velha, estendeu-se de 1889 até 1930. Sob a chefia do marechal Deodoro, foi instalado um governo provisório, que convocou uma assembléia constituinte para elaborar a primeira constituição republicana, promulgada em 1891. Os governos do marechal Deodoro, e, depois, do marechal Floriano Peixoto foram plenos de conflitos com o Legislativo e rebeliões, como as duas revoltas da Armada.
Com a eleição de Prudente de Morais, tem início a chamada “política do café com leite”, segundo a qual os presidentes da República seriam escolhidos dentre os representantes dos estados mais ricos e populosos -- São Paulo e Minas Gerais -- prática que foi seguida, quase sem interrupções, até 1930.
A economia agrário-exportadora continuou dominante. O café representava a principal riqueza brasileira, e os fazendeiros paulistas constituíam a oligarquia mais poderosa. As classes médias eram pouco expressivas e começava a existir um embrião de proletariado. Por ocasião da primeira guerra mundial (1914--1918), ocorreu um surto de industrialização, em função da substituição de importações européias por produtos fabricados no Brasil.
A partir da década de 1920, o descontentamento dos militares explodiu em uma série de revoltas, destacando-se a marcha da coluna Prestes, entre 1924 e 1927, que percorreu grande parte do Brasil. As oligarquias alijadas do poder central também se mostravam insatisfeitas. Quando ocorreu a crise de 1929 -- iniciada com o crash da bolsa de Nova York --, com seus reflexos negativos sobre os preços do café, a desorganização da economia, as divergências político-eleitorais das oligarquias dominantes e as aspirações de mudança de amplos setores da sociedade provocaram a deflagração da revolução de 1930, que levou Getúlio Vargas ao poder.
materia absolutismo mercantilismo navegações
As crises do fim da era Medieval (econômica, política e religiosa) provocaram a dissolução do sistema feudal. A terra deixou de ser a única fonte de riqueza.
O comércio se expandia a burguesia, que era a classe social ligada ao comércio, tornou-se cada vez mais rica e poderosa, com isso ela precisava de uma nova organização política que fosse capaz de acabar com as intermináveis guerras da nobreza feudal, que diminuísse a quantidade de impostos sobre as mercadorias cobrados pelos senhores feudais e que reduzisse o grande número de moedas que atrapalhavam seus negócios.
Por isso, a burguesia passou a contribuir para o fortalecimento da autoridade dos reis, contribuindo financeiramente na construção de monarquias nacionais capazes de formar governos estáveis e ordeiros.
O elemento cultural que mais influenciou o sentimento nacionalista foi o idioma. Falado pelo mesmo povo, o idioma servia para identificar as origens, tradições e costumes comuns de uma nação.
Cada estado foi definido suas fronteiras políticas, estabelecendo os limites territoriais de cada governo nacional, surgindo a noção de soberania, pela qual o soberano (governante) tinha o direito de fazer valer as decisões do Estado perante os súditos.
Para garantir as decisões do governo soberano, foi preciso a formação de exércitos permanentes, controlados pelos reis (soberano).
Com a formação moderna, diversos reis passaram a exercer autoridade nos mais variados setores: organizavam os exércitos, que ficava sobre o seu comando, distribuíam a justiça entre seus súditos, decretavam leis e arrecadavam tributos. Toda essa concentração de poder passou a ser denominado Absolutismo Monárquico.
Os principais Estados Absolutistas europeus foram:
•Portugal: surgiu como um reino independente em 1139. Seu primeiro rei foi D. Afonso Henrique, da dinastia de Borgonha. Por muito tempo, os portugueses viveram envolvidos na luta pela expulsão dos mouros, que só aconteceu em 1249 com a conquista de Algarves (sul de Portugal);
•Inglaterra: o absolutismo inglês teve início após a Guerra das Duas Rosas entre as famílias York e Lancaster onde o Lancaster Henrique Tudor com o apoio da burguesia venceu e tomou o poder. Fundador da dinastia Tudor, Henrique VII (1485-1509) inaugurou a era dos reis absolutistas ingleses. Seu filho Henrique VIII foi o que exerceu o poder mais absoluto entre todos os monarcas ingleses. Já sua neta Elisabete I, foi a última rainha soberana incontestável;
•Espanha: em 1469 aconteceu o casamento da rainha Isabel de Castela com o rei Fernando de Aragão. Unificado, o reino espanhol reuniu forças para completar a expulsão dos mouros e, com a ajuda da burguesia, lançar-se às grandes navegações marítimas. O absolutismo espanhol atingiu seu apogeu com a dinastia Habsburgo e o rei Felipe II;
•França: o processo de centralização política francesa iniciou-se com o rei Felipe II no século XII. Usando os conflitos contra os ingleses pelo controle do norte da França, este monarca conseguiu formar um grande exército sustentado pelos impostos cobrados ao longo do território nacional. Durante o governo do rei Luís IX, o poderio real foi ampliado com a criação de instituições jurídicas subordinadas às leis nacionais e a economia comercial se fortaleceu com a instituição de uma única moeda nacional. No governo de Felipe IV o belo, foi criada a Assembleia dos Estados Gerais para reafirmar o poder político real. Mas a guerra dos Cem Anos com a Inglaterra enfraqueceu o poder real e somente a partir de 1453, o rei Carlos VII concluiu o processo de expulsão dos britânicos do território francês e passou a comandar com amplos poderes. Com o apoio dos grandes burgueses, centralizou o governo nacional, criou novos impostos e financiou a instituição de um exército permanente. A partir de então, a França tornou-se o exemplo máximo do absolutismo real europeu.
O comércio com o oriente
As cruzadas, que recolocaram o Ocidente em contato com o Oriente, criaram o gosto pelo consumo de exóticos produtos orientais. Os artigos mais consumidos eram joias, perfumes, veludos pintados, tecidos de seda e especiarias, como a noz moscada, canela, o cravo e a procuradíssima pimenta, que chegou a ser usada como moeda. A expansão do mercado europeu para esse tipo de mercadoria pôde ser rapidamente aproveitada pelos mercadores das cidades italianas, principalmente Gênova e Veneza.
Os comerciantes de Gênova e Veneza recebiam os produtos orientais (das Índias) nos portos de Trípoli, Alexandria e principalmente em Constantinopla.
Os mercadores de outros países queriam quebrar o monopólio de Gênova e Veneza e participar desse comércio tão lucrativo. Esse foi o principal fator que impulsionou as viagens marítimas. Mas havia muitos outros motivos que impulsionaram a expansão marítima no século XV como:
•Conquista de Constantinopla: os turcos conquistaram Constantinopla em 1453, bloqueando o comércio de especiarias pelo Mar Mediterrâneo;
•Necessidade de Novos Mercados: os europeus precisavam seu artesanato e manufaturas e precisavam de gêneros alimentícios e de matérias primas;
•Falta de Metais Preciosos: era preciso descobrir novas jazidas de ouro e prata para cunhagem de moedas porque na Europa não havia mais esses metais preciosos;
•Interesse dos Estados Nacionais: a aliança da burguesia com os reis ajudou em muito nesse processo;
•Propagação da Fé Cristã: a difusão da fé religiosa justificava conquistar e converter povos da América, África e da Ásia;
•Ambição Material: todos que se envolviam nas longas viagens marítimas queriam demais enriquecer com as descobertas que estavam por vir;
•Progresso Tecnológico: a expansão marítima só foi possível graças ao desenvolvimento e o uso da bússola, do astrolábio, do quadrante, da caravela e do aperfeiçoamento dos mapas geográficos aliada à noção de que a Terra era redonda.
Pioneirismo Português
O pioneiro das grandes navegações marítimas foi Portugal, em 1419 com a chegada à ilha da Madeira. O país foi o primeiro a se unificar no continente e ter uma política mercantilista com a união da burguesia com a realeza. Além disso, os lusitanos já participavam do comércio do mediterrâneo como parceiros das cidades italianas e através da Escola de Sagres, grande complexo náutico, dominou novas técnica de navegação que possibilitaram percorrer grandes distâncias marítimas. Completam esses fatores a ausência de guerras internas e a privilegiada posição geográfica, sendo o país europeu mais próximo do grande Mar Tenebroso (Oceano Atlântico).
Os portugueses descobriram o caminho pelo sul da África quando Bartolomeu Dias cruzou o Cabo da Boa Esperança em 1488. Em 1498, Vasco da Gama foi o primeiro europeu a chegar à Índia, voltando carregado de especiarias, dando um lucro enorme ao rei de Portugal. Em 1500, Pedro Álvares Cabraldescobre o Brasil.
Logo após a conquista da cidade de Granada em 1492, foi a vez dos espanhóis. Com a expulsão dos mouros. Os monarcas Fernando, de Aragão e principalmente Isabel, de Castela lançaram-se nas navegações patrocinando a viagem de Cristovão Colombo que queria provar que o mundo era redondo, atingindo às Índias viajando para oeste.
Colombo, porém, acabou por descobrir um novo continente que acabaria se chamando América. Após a chegada dele no novo continente, os reis da Espanha apressaram-se para garantir seus direitos de posse sobre a nova terra. Para isso, pediram a intervenção do papa Alexandre VI também espanhol, uma autoridade respeitada entre os reinos cristãos.
Após muitas discussões com os portugueses, foi assinado um acordo, o Tratado de Tordesilhas que traçava uma linha imaginária a 370 léguas das ilhas de Cabo Verde, cortando o mundo em duas partes. As terras a leste dessa linha pertenceriam a Portugal e as terras a oeste pertenceriam a Espanha.
Os espanhóis empreenderiam ainda outras viagens. Vicente Pinzón chegou até a foz do rio Amazonas no início de 1500. Vasco Nunes de Balboa atinge o Oceano Pacífico, por terra em 1513. Em 1519Fernão de Magalhães inicia a primeira viagem de circunavegação da Terra completada por Sebastião El Cano em 1521.
Interessados também em descobrir novos caminhos para a Índia, franceses, ingleses e holandeses, lançaram-se às navegações marítimas concentrando-se no Atlântico Norte tentando encontrar uma passagem noroeste para a Ásia.
Embora essa passagem não tenha sido encontrada, os navegadores passaram a explorar e a ocupar parte da América do Norte além de praticar a pirataria contra navios inimigos, principalmente espanhóis, onde conseguiram muitas riquezas e desestabilizar esses governos.
Na Inglaterra, a pirataria foi oficializada. Os corsários, como foram chamados esses piratas, agiam em nome da monarquia e dividiam os lucros dos saques com o governo. O principal pirata inglês foi Francis Drake.