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Como surgiu o sistema feudal

O feudalismo surgiu com as invasões bárbaras no Império Romano do Ocidente que espalhado por toda a Europa, mudando totalmente o sistema adotado na época, com o fim do Império Romano as terras foram divididas entre os nobres, que receberam o título de senhores feudais.

Aos poucos a política foi ficando cada vez mais descentralizada e a economia voltada somente para a agricultura de subsistência e com trabalho dos servos, que trabalhavam em troca de um pedaço de terra para morar e proteção dos senhores feudais.

Uma das principais características do feudalismo é a relação de vassalagem e suserania, os suseranos eram os que ofereciam um pedaço de terra aos vassalos, esses deviam oferecer como pagamento sua fidelidade ao feudo e também todo o seu trabalho.

Os senhores feudais eram os responsáveis por todos os poderes, já que eram donos de toda a terra dos feudos. Todas as pessoas tinham suas funções dadas pelo nascimento, o que caracteriza uma sociedade feudal estática, onde a mobilidade social é quase nula.

Existiam a nobreza, que era formada pelos senhores feudais, cavaleiros, condes e viscondes, o clero, que era formado pelos membros da Igreja Católica e os servos que eram os camponeses e artesãos.

Funções das classes e outras características

Pirâmide Social do Feudalismo

A nobreza era a dona de todas as terras e ficava responsável pela arrecadação dos impostos, o clero tinha suas funções relacionadas à religião e também arrecadava o dízimo e os camponeses e artesãos trabalhavam muito para conseguir pagar os impostos, já que as taxas eram muitas.

A corvéia, por exemplo, era um trabalho realizado de 3 a 4 dias nas terras do senhor feudal, a talha era um tipo de imposto em que os camponeses eram obrigados a dar a metade da produção para os senhores e a banalidade, onde para usar o forno e o moinho também era necessário pagar.

Nessa época a Igreja exercia um grande controle no modo de pensar e de viver das pessoas, tinha um grande poder econômico e todos deviam colaborar com o dízimo. Somente os filhos dos nobres tinham o acesso a educação, que tinha muitas influencias da religião.

Outra coisa bastante comum nesse período era as guerras, que aconteciam para que um feudo conseguisse ter poder sobre os outros, os cavaleiros eram treinados desde cedo e deviam ter toda a coragem para defender seu feudo e os castelos onde os nobres viviam.

O sistema do feudalismo se extinguiu devido ao grande enfraquecimento com o surgimento do capitalismo, o renascimento comercial e o surgimento das cidades que levou a um grande êxodo rural e ao fim dos feudos.

 

IDADE MÉDIA E FEUDALISMO - UM BREVE RESUMO

 
Na Idade Média prevaleciam as relações de vassalagem e suserania. O vassalo recebia do suserano um lote de terra e em troca devia ao senhor fidelidade e trabalho. Estas redes de vassalagem se estendia a todos e chegava ao rei – que era tido como um vassalo de Deus.

A sociedade era estática e hierarquizada tendo em seu topo o clero (membros da Igreja católica) e a Nobreza (senhores feudais, cavaleiros, condes, duques e viscondes). A nobreza era detentora das terras e arrecadava impostos dos camponeses.

Nessa época o cavaleiro é o detentor dos instrumentos necessários para vencer o combate, graças à superioridade do cavalo, da armadura e das armas. Ele chega esta condição através de um rito, a sagração momento no qual após ter atingido sua educação militar e através de uma cerimônia, ascendia a posição de defensor da paz. Na França este grupo rapidamente se tornou hereditário ao receber feudos em troca dos serviços prestados, ocorrendo ali uma fusão entre cavalaria e nobreza.

Uma parte dos nobres, principalmente os não-primogênitos tornam-se cavaleiros sem fortuna girando ao redor de um grande senhor e prontos para aventurarem-se em guerras privadas, daí os estímulos externos das Cruzadas para controlá-los. Como não havia terras para todos, uma parte da nobreza passou a voltar-se para saques e guerras privadas.

Tentando solucionar este problema, a Igreja buscou estipular normas a serem adotadas pelos cavaleiros. Pela Paz de Deus (fins do século X), eles deveriam respeitar os camponeses, os clérigos, mercadores e os seus bens e pela Trégua de Deus (século XI) se absteriam de lutar entre a quinta à tarde e a segunda-feira pela manhã. A Igreja tentou também transformar o cavaleiro num miliciano de Deus, um defensor dos pobres, viúvas e do clero.

cavaleiro que fosse para a Cruzada recebia da Igreja o perdão por seus pecados. Para São Bernardo, o modelo de perfeição era o monge-cavaleiro e por isto ele deu grande apoio ao surgimento das Ordens Militares, como a dos Templários.


IGREJA CATÓLICA E SUA INFLUÊNCIA NA EUROPA MEDIEVAL

Durante a maior parte da Idade Média, a Igreja permaneceu como a instituição mais organizada e estável da Europa. Os Estados “bárbaros” constituíam-se e desapareceram sucessivamente, em virtude de guerras internas e invasões. A Igreja, ao contrário, centralizou sua administração em Roma, enquanto fazia crescer seu patrimônio e seu poder econômico por meio de doações, esmolas e isenção de impostos. No século XI foi implantado o celibato obrigatório (proibição do casamento) a todo o clero, o que impedia o surgimento de herdeiros que reivindicassem bens da Igreja. Como as leis da época não garantiam a filhos ilegítimos nenhum direito à herança, o patrimônio eclesiástico se mantinha fora do alcance dos que nascessem da quebra da castidade clerical.

Não deve causar surpresa, portanto, o fato de a Igreja ter se tornado o maior proprietário rural da Europa medieval. E, se lembrarmos a importância da propriedade da terra no mundo feudal, não é difícil presumir a influência que isso proporcionava à instituição.

A Igreja sempre se empenhou na evangelização – constante divulgação de sua doutrina -, buscando sobre tudo novas conversões entre os povos pagãos (aqueles que não foram batizados).

Graças a sua influência, a Igreja chegou a ditar até regras para a economia, como a proibição da usura e da especulação. Ela impôs também o “justo preço”: todo produto deveria ser vendido a um preço que cobrisse apenas seu custo e o trabalho do produtor; tal preço seria calculado pelo Estado e pelas associações de artesãos e mercadores.

No ensino, a Igreja se tornou responsável pelas escolas – onde estudavam os filhos da nobreza e os futuros clérigos. Os estudos, sempre dirigidos por padres ou monges, se dividiam em dois níveis: o elementar (alfabetização e aritmética básica) e o superior. Este era subdividido em duas áreas: trivium (gramática, lógica e retórica) e quadrivium (música, geometria, astronomia e aritmética).

partir do século XIII, a Igreja organizou as universidades, que, embora sujeitas a papas e reis, ganharam autonomia, e ainda na Idade Média passaram a admitir cada vez mais leigos entre seus professores. As universidades de Sorbonne (Paris), Bolonha, Salamanca, Oxford, Cambridge, Salerno, Roma, Montpellier, entre outras, surgiram durante o período medieval.

Vários aspectos da vida social na Idade Média foram igualmente regulados pela Igreja: casamentos, divórcios (por incesto, bigamia, adultério, etc.), divisão de heranças, definição das obrigações dos casais, registros paroquiais de nascimento (com o batismo), matrimônios, falecimentos, entre outros. Pertenciam à Igreja – que possuía recursos financeiros para isso – vários orfanatos, hospitais, asilos para loucos e hansenianos.

No que se refere à política, a Igreja passou a legitimar o poder de reis e imperadores – o que era simbolizado na coroação e na unção deles pelo papa -, criando até mesmo teorias para explicá-lo. Entre essas a mais difundida foi a dos “dois gládios” (gládio quer dizer espada), desenvolvida sobretudo no pontificado de Gregório VII (1073-1085). Segundo ela, o poder dos reis (gládio temporal) governava os corpos, enquanto o poder do papa (gládio espiritual) governava as almas. Ora, pela doutrina cristã, a alma era mais importante do que o corpo, logo o poder da Igreja era superior aos soberanos. Estes estavam sujeitos ao julgamento do sumo pontífice, exatamente por serem inferiores a ele.

Não é fácil imaginar o que a excomunhão – ou seja, a expulsão da Igreja, decretada apenas pelo papa, poderia significar na sociedade medieval, onde ser cristão representava o único meio de garantir algum direito. Frequentemente os papas usaram a excomunhão como arma política contra reis e imperadores, com o fim de submetê-los e desacreditá-los diante de seus súditos. Afinal, nenhum vassalo tinha a obrigação de obedecer a um soberano excomungado.



A IGREJA E A USURA

historiador francês Jacques Le Goff consultou um manuscrito do século XIII, na biblioteca nacional de Paris, que expõe com clareza como os clérigos opunham-se à usura, isto é, ao empréstimo a juros:

"Os usurários pecam contra a natureza querendo fazer dinheiro gerar dinheiro, como cavalo com cavalo ou mulo com mulo. Além disso, os usurários são ladrões (latrones), pois vendem o tempo, que não lhes pertence, e vender um bem alheio, contra a vontade do possuidor, é um roubo. Ademais, como nada vendem a não ser a espera do dinheiro, isto é, o tempo, vendem os dias e as noites. Mas o dia é o tempo da claridade e a noite o tempo do repouso. Portanto, não é justo que tenham a luz e o repouso eternos”. (Citado em Jacques Le Goff, A bolsa e a vida: a usura na Idade Média, p. 40-1).


A IMPORTÂNCIA DA CONFISSÃO

De coletiva e pública, excepcional e reservada aos pecados mais graves, a confissão se torna aurilar, da boca para o ouvido, individual e particular, universal e relativamente freqüente. O IV Concilio de Latrão (1215) marca uma grande data. Torna obrigatória a todos os cristãos – isto é, homens e mulheres – a confissão, ao menos uma vez por ano, durante a Páscoa. O penitente é obrigado a explicar seu pecado em função de sua situação familiar, social, profissional, das circunstancias e de sua motivação. [...] O penitente deve se interrogar sobre a própria conduta e suas intenções, entregar-se a um exame de consciência. [...] É o começo da modernidade psicológica. O confessor deverá fazer perguntas convenientes que o levem a conhecer seu penitente, a separar, de seu lote de pecados, os graves, mortais sem contrição nem penitencia, e os mais leves, os veniais que podem ser redimidos. Os pecadores que morrem em estado de pecado mortal irão para o lugar tradicional da morte, do castigo eterno, o Inferno. Os que morrerem carregados apenas com pecados veniais passarão um tempo mais ou menos longo de expiação num lugar novo, o Purgatório, que irão deixar depois de purificados, purgados, em troca de vida eterna, o Paraíso, o mais tardar no momento do Juízo Final. (Jacques Le Goff, A bolsa e a vida: a usura na Idade Média, p. 11-2).


AS MULHERES E A IDADE MÉDIA

É difícil sustentar a hipótese de uma marginalização generalizada da mulher na Idade Média. O casamento, tornando-se responsável pela reprodução biológica da família, garantia-lhe papel de relevo na estabilidade da ordem social. Esta integração tinha, contudo, os seus limites. Juridicamente despersonalizada, esteve reduzida ao meio familiar e domestico. Reproduzia biologicamente os homens que iriam continuar a dirigir a sociedade.

As mulheres desempenharam funções importantes na sociedade medieval. As camponesas auxiliam suas famílias nas tarefas agrícolas cotidianas, enquanto as pertencentes às famílias nobres se encarregavam da tecelagem e da organização da casa, orientando o trabalho das servas. Muitas eram artesãs: nos grandes feudos da Alta Idade Média existiam oficinas de produtos como pentes, cosméticos, sabão e vestuário com mão-de-obra inteiramente feminina. Mas todas elas, desde as servas até as mulheres da alta nobreza, estavam submetidas a seus pais e maridos. E a Igreja justificava e favorecia tal dominação, mostrando-se totalmente hostil ao sexo feminino. Alguns teólogos chegavam a afirmar que a mulher era a maior prova da existência do diabo.


ECONOMIA

A economia feudal possuía base agrária, ou seja, a agricultura era a atividade responsável por gerar a riqueza social naquele momento. Ao mesmo tempo, outras atividades se desenvolviam, em menor escala, no sentido de complementar a primeira e suprir necessidades básicas e imediata.


POVOADOS

Os primeiros povoados medievais estabeleceram-se em terras pertencentes a senhores feudais. Costumavam ser rodeados por duas ou três glebas, grandes extensões de terras aráveis, também chamadas de reservas servis. Nos povoados, moravam artesãos, pequenos comerciantes e alguns camponeses. Todos eram obrigados a pagar impostos ao senhor.

 

 

Civilização Romana - História da Civilização Romana

O mito da fundação de Roma 

Diz a lenda que Roma foi fundada no ano 753 a.C. por Rômulo e Remo, filhos gêmeos do deus Marte e da mortal Rea Sílvia. Ao nascer, os dois irmãos foram abandonados junto ao rio Tibre e salvos por uma loba, que os amamentou e os protegeu. Por fim, um pastor os recolheu e lhes deu os nomes de Rômulo e Remo. Depois de matar Remo numa discussão, Rômulo deu seu nome à cidade. A história, por sua vez, nos diz que algumas tribos de origem sabina e latina estabeleceram um povoado no monte Capitolino, junto ao rio Tibre. 

A Monarquia 

Num período lendário, Roma foi governada por sete reis que tinham poder absoluto. O Senado, formado por chefes de família, os aconselhava. Por volta de 575 a.C., os reis etruscos dominaram Roma e influenciaram decisivamente o início da civilização romana. Ditaram leis prudentes em favor do artesanato e do comércio, com os quais Roma adquiriu grande importância. Aos poucos, porém, esses reis deram lugar a outros monarcas, violentos e tirânicos, que desprezavam as opiniões do Senado. 

A república e seus magistrados 

As famílias patrícias que formavam o Senado, temerosas de perder seu poder diante da tirania dos reis, os expulsaram e proclamaram a República. Esta se baseava em três órgãos: o Senado, os magistrados e as Assembléias, simbolizados pela conhecida sigla S.P.Q.R. (Senatus Populusque Romanus, ou seja, "Senado e povo romano"). 

O trabalho dos escravos 

Em conseqüência das guerras de expansão, os escravos em Roma eram muito numerosos. Não eram considerados seres humanos, mas sim propriedades e, portanto, eram explorados e vendidos como mercadorias. Seu trabalho, no artesanato e na agricultura, era decisivo para a produção de bens necessários para a sociedade. Podiam comprar a sua liberdade ou então serem libertados pelo proprietário. A partir do século II a.C., sucederam-se diversas rebeliões de escravos, como a comandada por Espártaco. 

O exército romano 

O Império Romano dependia de um exército forte e bem organizado, que realizava as campanhas de expansão e defendia as fronteiras. Os legionários eram a base do exército romano; a maioria deles eram voluntários. Para entrar no exército era imprescindível ser cidadão romano. O exército estruturava-se em legiões de seis mil soldados, cada uma dividida em dez cortes. 

A religião romana 

A religião romana foi formada combinando diversos cultos e várias influências. Crenças etruscas, gregas e orientais foram incorporadas aos costumes tradicionais para adaptá-los às novas necessidades do povo. O Estado romano propagava uma religião oficial que prestava culto aos grandes deuses de origem grega, porém com nomes latinos, como por exemplo, Júpiter, pai dos deuses; Marte, deus da guerra, ou Minerva, deusa da arte. Em honra desses deuses eram realizadas festas, jogos e outras cerimônias. Os cidadãos, por sua vez, buscavam proteção nos espíritos domésticos, chamados lares, a quem rendiam culto dentro de casa. O Edito de Milão de Constantino estabeleceu a liberdade de culto aos cristãos, encerrando as violentas perseguições. No século IV d.C., o cristianismo tornou-se a religião oficial, por determinação do imperador Teodósio. 

A arte romana 

Inspirada no modelo grego, a arte romana incorporou as formas e as técnicas de outras culturas do Mediterrâneo. 
Roma destacou-se na arquitetura com grandes edifícios privados e públicos. Entre os privados, incluem-se as casas e as residências coletivas. Os públicos dividem-se em religiosos (templos), administrativos e comerciais (basílicas) e lúdicos (teatro, anfiteatro e circo). O espírito prático de Roma reflete-se no urbanismo e nas grandes obras de engenharia, como estradas e aquedutos. 

A cidade de Roma no século I a.C. 

No século I a.C., Roma passou por uma transformação espetacular, tornando-se uma cidade repleta de confortos, com casas comerciais, jardins e edifícios monumentais. Construíram-se numerosas residências e locais de diversão – como o Coliseu – e foram feitas grandes melhorias no sistema de esgotos e nos aquedutos da cidade.

A crise do Império Romano 

A partir do século III, o Império Romano entrou em declínio. Com o fim das guerras de conquista, esgotou-se a principal fonte fornecedora de escravos. Teve início a crise do escravismo que abalou seriamente a economia, fez surgir o colonato e provocou o êxodo urbano. Além disso, houve disputas pelo poder e as legiões diminuíram. Enfraquecido, o Império Romano foi dividido em dois e a parte ocidental não resistiu às invasões dos bárbaros germânicos no século V.

 

Quando olhamos para a extensão do Império Romano em um mapa, mal chegamos a imaginar que esta civilização se originou de um pequeno povoado da Península Itálica. Encravada na porção central deste território, a cidade de Roma nasceu por meio dos esforços dos povos latinos e sabinos que, por volta de 1000 a.C., teriam erguido uma fortificação que impediria a incursão dos etruscos.

 

As poucas informações sobre as origens de Roma são encobertas pela clássica explicação mítica que atribuem sua fundação à ação tomada pelos irmãos Rômulo e Remo. Após a fundação, Roma teria vivenciado seu período monárquico, onde o rei estabelecia sua hegemonia política sobre toda a população e contava com o apoio de um Conselho de Anciãos conhecido como Senado.

 

Os membros do Senado eram oriundos da classe patrícia, que detinha o controle sobre as grandes e férteis propriedades agrícolas da região. Com o passar do tempo, a hegemonia econômica desta elite permitiu a formação de um regime republicano em que o Senado assumia as principais atribuições políticas. Entre os séculos VI e I a.C., o regime republicano orientou a vida política dos cidadãos romanos.

 

Entretanto, a hegemonia patrícia foi paulatinamente combatida pelos plebeus que ocupavam as fileiras do Exército e garantiam a proteção militar dos domínios romanos. Progressivamente, a classe plebeia passou a desfrutar de direitos no interior do regime republicano e a criar leis que se direcionavam aos direitos e obrigações que este grupo social detinha.

 

Apesar de tais reformas, a desigualdade social continuava a vigorar mediante uma sociedade que passava a depender cada vez mais da força de trabalho de seus escravos. As conquistas territoriais enriqueciam as elites romanas e determinavam a dependência de uma massa de plebeus que não encontravam oportunidades de trabalho. De fato, as tensões sociais eram constantes e indicavam as diferenças do mundo romano.

 

Paulatinamente, as tensões sociais se alargaram com a ascensão de líderes militares (generais) que cobiçavam tomar frente do Estado Romano. As tentativas de golpe sinalizavam a ruína do poder republicano e trilharam o caminho que transformou Roma em um Império. No século I a.C., o general Otávio finalmente conseguiu instituir a ordem imperial.

 

Durante o Império, observamos a ascensão de governos que mantiveram a ordem, bem como de outros líderes que se embebiam do poder conquistado. No século I d.C., o desenvolvimento da religião cristã foi um ponto fundamental na transformação do Império. A doutrina religiosa e expansionista contrariou as crenças (politeísmo) e instituições (escravismo) que sustentavam o mundo romano.

 

Por volta do século III, o advento das invasões bárbaras e a interrupção da expansão dos territórios caminhavam em favor da dissolução deste Império. Apesar da derrota imposta aos romanos, suas práticas, conceitos e saberes ainda são fundamentais para que compreendamos a feição do mundo Ocidental. De certa forma, todos os caminhos ainda nos levam (um pouco) a Roma.

 

Civilização Grega - História da Civilização Grega

Os gregos são originário da península Balcanica. Vindos do Norte, das planícies eurasianas, os indo-europeus encontraram a Grécia com um clima sempre ameno, o céu e o mar azuis, e nela permaneceram. 

No século XX a.C. os povos indo-europeus enfrentaram os Pelágios que habitavam a região, e os dominaram. 

Como a superfície contínua da Grécia era bastante limitada, os gregos, passaram a habitar também as ilhas próximas, bastantes numerosas. A ilha de Eubéia ficava separada do continente pelo estreito de Euripes. Ítaca, Cefanônia, Córcira e Zaquintos localizavam-se no mar Jônico. Ao sul do Peloponeso, ficava Cítara, que representava uma etapa para a ilha de Creta, a mais extensa de todas. As Cícladas (Andros, Delos, Paros, Nexos) localizavam-se no Egeu, bem como as Espóradas (Rodes, Samos, Quios, Lesbos). Essas ilhas constituíam a Grécia colonial, constituídas por terras mais distantes: 

Ásia Menor (Eólia, Jônica,Dória), 
Sul da Itália (Magna,Crécia), 
Costa egípcia (Náucratis). 

Desde o período neolítico que se tem notícia da presença do homem na península Balcânica. Os pelasgos foram seus primeiros habitantes, possivelmente, de origem mediterrânea. Os cretenses, porém, foram mais importante como civilização, predominando em toda a região do Egeu. Tantos os pelasgos como os cretenses, geralmente são considerados povos anteriores aos gregos (povos pré-helênicos). 
A história egeana teve suas origens na ilha de Creta, irradiando-se daí para a Grécia continental e também para a Ásia Menor. Cerca de 1.800 a.C., Cnossos e Faístos, na ilha de Creta, atingiram o seu apogeu. O palácio de Cnossos foi destruído entre cem e duzentos anos mais tarde. Formou-se uma nova dinastia, à qual se deve diversas transformações, inclusive o tipo de escrita. Os cretenses experimentaram outro período de apogeu, cerca de cinqüentas anos mais tarde, quando atingiram a Ásia menor, reconstruindo Tróia, e a Grécia continental, construindo aí Tirinto e Micenas. Os chamados "povos do mar" surgiram pelos fins do século XV a.C., e por certo foram os predecessores dos povos gregos. Eram os aqueus, povos de origem indo-européia. Da miscigenação de cretenses e aqueus originou-se a civilização Miceniana. 

Duzentos anos mais tarde, os dórios, os jônicos e os eólios, outros povos helênicos, transferiram-se para Grécia. Os invasores venceram os aqueus, e substituíram as cidades pelas suas. Tais cidades viram transformar-se nas grandes representantes da Grécia Antiga: Atenas, Tebas, Esparta e outras. 

Os tempos pré- helenicos- na época neolitica a Grécia passou por várias ondas de povoamento; na Tessália descobriam-se em sesklo e dhimini, importantes vestigius de comunidades agrícolas e pastoris. De 2600 1900 a. C., o período dito heládico antigo corresponde ao bronze antigo, o conjunto do território grego povoou-se pouco a pouco, e as relações marítimas com as ilhas do mar Egeu, estabelecidas ha muito, intensificaram-se. 

A idade média helênica: (do Séc. XI ao VIII a. C.). Referem-se a esse período obscuro os textos de Homero e de Hesiodo. A arqueologia revelou a extensão do uso do ferro, o aparecimento de uma nova cerâmica com elementos geométricos e a prática da cremação. Um movimento de migração e de conquista levou os gregos para as costas da Ásia menor. Foi ai, sem dúvida, que se moldaram, progressivamente, os traços da grega clássica, imediatamente retomados e desenvolvidos no resto do mundo helênico, e também a organização política e social da cidade (ou Polis), em que o proprietário mais poderoso exercia a função de rei (basileus). Mas uma mesma civilização (língua, depois escrita, deuses e regras morais comuns) compensou a dispersão territorial. 

Os tempos arcaicos: (do Séc. VIII ao VI a. C.). Essa época deve seu nome a arqueologia, que nela situa as primeiras manifestações da arte grega. Um regime aristocrático estendeu-se então, a todas as cidades gregas. A realeza do tipo homérico desapareceu e a um minoria de privilegiados pelo nascimento e pela fortuna (os eupátricas) possuía a terra e a autoridade do Séc. VIII ai VI a. C. um vasto movimento de colonização levou a fundação de cidades gregas nas costas do Mediterrâneo e do ponto Euxino. Essa emigração foi, primeiramente, uma solução para a demanda de terras por parte dos mais pobres; além disso, estabeleceram-se novos vínculos comerciais. No final, a colonização, ao modificar as relações econômicas tradicionais, provocou, nas cidades oligárquicas, um duplo movimento: aqueles que enriqueceram com o comércio e o artesanato reivindicavam direitos políticos, enquanto os pequenos camponeses e a mão-de-obra urbana desejavam uma revolução social. Legisladores, como Sólen em Atenas (inicio do Séc. VI a. C.), encarregados de julgar os conflitos, redigiram leis escritas, a partir de então aplicáveis a todos (nomoi). A insuficiência dessas reformas fez surgir uma fórmula política nova: em numerosas cidades, um tirano era encarregado de toda a autoridade, para reequilibrar as instituições sociais, mas os regimes tirânicos, mesmo o que pisístrato fundou em Atenas, não puderam resistir a vontade dos cidadãos de assumirem suas responsabilidades políticas. O valor das instituições elaboradas na época arcaica e a coesão da cidade manifestaram-se durante as guerras médicas (490-479 a. C.). Em maratona (490 a. C.). Os hoplitas ateniense determinaram a vitória; em salamina (480 a.C.), os persas foram derrotados por uma frota em que os mais pobres da cidade serviram com remadores e ganharam, assim, uma nova dignidade. 

A crise da cidade no Séc. IV a. C.: a maioria das cidades gregas foi perturbada por conflitos sociais, conseqüências das guerras; a uma minoria de ricos comerciantes, de manufatureiros e de grandes proprietários opunha-se o povo, freqüentemente privado de suas terras e que sofria, em seu trabalho, a concorrência dos escravos. Todos os filósofos sentiram a necessidade de reformar a cidade ( Xenofonte, Platão ). O indivíduo reivindicava seus direitos e sua liberdade contra a lei cívica; o processo de Sócrates ( 399 ) traduz o problema assim engendrado. O mundo grego sentiu sua falência política: os oradores, Isócrates sobretudo, pregavam a necessidade da união, e o fracasso das antigas alianças fez com que se pensasse que apenas um rei poderia agrupar as forças vivas do helenismo. 

A intervenção da Macedônia ( 359 a 323 a. C. ). Felipe II da Macedônia fez de seu reino uma monarquia centralizada, dotada de um exército numeroso, cujo núcleo era a falange. Soube utilizar as discórdias das cidades para inverter na Grécia e dissolver o Império ateniense no norte do Egeu. Após a paz de Filocrates ( 346 ), o conflito assumiu o aspecto de uma luta entre o rei e o orador ateniense Demóstenes, que organizou a defesa de Atenas e concluiu uma aliança com Tebas. Mas o esforço de guerra foi tardio e Felipe venceu em Queronéia ( 338 . encerrou-se, assim, a independência das cidades gregas. A paz de 338 castigou duramente Tebas e privou Atenas de sua confederação. A liga de Corinto deu a Grécia uma nova organização; as cidades deveriam viver em paz e aderir a liga, cujo generalismo ( hegemon ) era Felipe. 

Com a morte de Felipe ( 336 ), uma tentativa de revolta fez com que Tebas fosse arrasada. Os gregos pouco participaram da expedição de Alexandre, que partiu para libertar as cidades gregas da Ásia; na verdade ele criou um mundo novo, cuja base foi a civilização grega. 

A Grécia Bizantina: após 395, a Grécia, incluída no Império Romano do oriente, foi devastada repetidas vezes pelas invasões. Os eslavos se instalaram a partir de 547 e se converteram ao cristianismo a partir do Séc. IX, enquanto os primitivos habitantes refluíram para as regiões costeiras e para as ilhas. 

A herança cultural da Grécia triunfou no Império do oriente, que se tornou o Império Bizantino. Teodósio II fundou em constantinopla uma universidade grega ( 425 ) e autorizou a realização dos julgamentos em língua helênica. Se Justiniano fechou em 529 as escolas filosóficas de Atenas, vistas como um foco de paganismo, por outro lado utilizou a língua grega em vários de seus atos públicos. Por volta de 630, Heráclio adotou um título de Basileus e fez do grego a língua oficial. A utilização da língua grega contribuiu para a difusão da igreja cristã. A Grécia como o restante do oriente, aderiu ao crisma de 1054, vinculando-se ao patriarca de constantinopla. A história da Grécia confundiu-se, a partir daí, com as vicissitudes do império Bizantino. Em particular, a IV a cruzada ( 1204 ) levou a criação do Império latino, confiado ao conde de Flandres, Balduíno, que estendeu sua autoridade sobre a Trácia, e a formação de principados francos: o reino de Tessalônica, tomado pelos Bizantinos em 1222; o Peloponeso, que se transformou em principado da Acaia ou Moréia; e o ducado de Atenas. Nos Sécs. XIV e XV, venezianos, catalões e genoveses disputaram a posse da Grécia propriamente dita. 

Os povos invasores foram: 

Aqueus: Invadiram a ilha de Creta, destruindo sua civilização e fundaram a cidade de Micenas. 

Jônios: Invadiram a região de Creta. 

Dórios: Invadiram o Peloponeso, dominaram os Aqueus que já haviam também se estabelecido e impuseram sua civilização. 

O Clima na Grécia Antiga 

Tinha um clima ameno e agradável. Aproximadamente 640mm de chuva caíam a cada ano, principalmente no inverno. No verão, o povo vivia quase inteiramente ao ar livre. Embora os ventos de inverno fossem frios, os gregos promoviam a maioria dos divertimentos e reuniões públicas fora dos recintos cobertos. 

Homero escreveu livros que durante muitos anos foram considerados relatos de lendas gregas. 
Mas quando o arqueólogo alemão Heinrich Schliemann escavou e descobriu, em 1870, Tróia, os textos de Homero adquiriram veracidade e importância histórica. 

Em virtude disso, a história da Grécia divide-se nos seguintes períodos: 

Pré-Homérico 
Homérico 
Arcaico 
Clássico 

a)Período Pré-Homérico: séculos XX-XII a.C. 

Carcterizado pelo povoamento dos povos indo-europeus. 

b)Período Homérico: séculos XX-VIII a.C. 

Caracterizado pela formação dos genos, que eram pequenas comunidades dirigidas por um chefe político, o basileu. 

No geno a terra era coletiva e cultivada por todos. Um conjunto de genos formava a fatria e um conjunto de fatrias formava uma tribo. 

Com o crescimento da população dos genos, as terras tornaram-se poucas para a agricultura e muitos abandonaram a região, gerando a desintegração do sistema. 

Ao saírem, dirigiam-se para as colônias do Norte da África, Sul da Itália, França e Espanha.A todas essas localidades, deu-se o nome de Mundo Grego. 

c) Período Arcaico: séculos VIII-VI a.C. 

Caracterizados pela formação das cidades-Estados, assim denominadas porque tinham governo e economia independentes. 

Seus govenantes, segundo o costume da democracia grega, podiam ser escolhidos pelo povo. 

d) Período Clássico: séculos VI-IV a.C. 

Caracterizado pela hegemonia e imperialismo das cidades de Atenas, Esparta e Tebas. 

Domínio da Macedônia 

Habitando o norte da Tessália, os macedônios eram de origem desconhecida, semi-bárbara.Mas embora não fossem gregos, participavam da política grega. 

O orador demóstenes, temendo seu poderio, alertava os gregos para o perigo de uma invasão macedônica, nos seus famosos discursos: as Filípicas. 

Governo: 

Dominava a Macedônia o rei Felipe II, que participava como juiz nas disputas entres as cidades gregas. Conhecendo a defesa das cidades, durante a luta entre Tebas e Esparta, ataca e sai vencedor. 

Após a vitória, morre, em 336 a.C, assassinado. 

Governo de Alexandre: 

Acreditava-se que ele era o própio filho de Zeus e da rainha Olímpia. Foi desde cedo enviado à Grécia para estudar. De grande cultura, chegou a ser discípulo de Aristóteles. 

Unificou o povo Grego e conquistou a pérsia, o Egito, A Mesopotâmia, a Fenícia, a Síria e a Palestina, construindo um dos maiores impérios da Antiguidade e transmitindo-lhe a civilização grega. Ou seja, Alexandre Magno propiciou a helenização dos povos conquistados. 

Fundou na foz do Nilo a cidade de Alexandria. 

Morreu aos 33 anos. Após sua morte o vasto Império desmorona, dividido por seus generais em 3 grandes reinos: 

Egito, Fenícia e Palestina: com Ptolomeu. 
Pérsia, Mesopotâmia e Síria: com Seleuco. 
Macedônia e Grécia: com Cassandro. 

Legado Cultural 

A base da cultura européia ocidental foi formada pelo legado dos gregos. 

Sua Filosofia permaneceu viva nos ensinamentos de Demócrito, Anaxágoras, Sócrates, Platão, Aristóteles, Tales de Mileto etc. 

As obras dos grandes pensadores gregos são estudadas ainda hoje, como, por exemplo, "A república", "O banquete" e "Fedon" de Platão; e "A política" de Aristóteles. 

Na medicina destaca-se Hipócrates; Euclides e Pitágoras, na Geometria; Arquimedes, na Física. 

Nas artes a busca da perfeição estética foi uma constante. 

Durante o século V a.C. a cultura grega atinge seu apogeu, sob o governo de Péricles, que protegeu os artistas e ordenou a construção de inúmeros monumentos. 

Fídias é o maior escultor desse período.Sua estátua de Zeus Olímpico foi considerada uma das maravilhas do Mundo antigo. 

Miron destaca-se com o "Discóbolo", em homenagem aos atletas. 

Templos, teatros, anfiteatros e Odeons eram construído em mármore branco para a grandeza da Grécia, para que ela fosse vista pelos estrangeiros e sua beleza divulgada no mundo inteiro. 

Seus padrões de colunas eram invejados e copiados por outros povos. 

As peças de teatros ainda hoje são representadas em nossos teatros e seus autores, reverenciados: - Sófocles, Eurípedes e Aristófanes. 

O grego Heródoto é considerado o pai da História. 

Os Poemas de Homero 

Os poemas homéricos, Ilíada e Odisséia, narram esses tempos de lutas e de lendas. O primeiro narra a guerra entre gregos e troianos, com a vitória dos primeiros. A Odisséia, conta as aventuras de Ulisses (Odisseu), rei de Ítaca. Por isso, esse período é chamado de Tempos Homéricos. 

As Cidades Gregas 

As cidades gregas são encontradas nos tempos históricos mais remotos. Muitas dessas cidades apresentavam uma organização perfeita. Tomamos conhecimento dos genos, minúsculas comunidades naturais em que os gregos anteriormente viviam, apenas através das lendas e dos poemas homéricos. O genos era constituído por todos os que prestavam culto a antepassados comuns que tinham o mesmo sangue. Com o tempo, esses genos foram se agrupando, a fim de obterem melhores condições de vida, e deram origem a cidades. 

Os gregos, porém, fundaram muitas cidades, cada qual mantendo sua independência. Possuíam também seus próprios reis, hábitos e regulamentos. Apesar disso, os gregos sentiam que formavam um só povo, o que desenvolveu na Grécia o sentimento pátrio. 

As Colônias Gregas 

As colônias foram o meio utilizado pelos gregos para disseminarem a sua religião e seus hábitos por toda a extensão do Mediterrâneo. A fundação de colônias gregas não era devida à iniciativa do Estado. Um grupo de elementos, obedecendo à chefia de um, encarregado de levar o fogo sagrado, saía da mesma cidade à procura de um local onde pudesse se estabelecer e construir cidades independentes, ligadas apenas pela religião à cidade de origem. Essa modalidade de colônia é denominada apoequia. 

No século X a.C., os atenienses criaram um novo tipo de colônia, a olerúquia. Era obra do Estado, e os emigrantes conservavam os seus direitos de cidadania. 

Algumas colônias gregas: vilas na Sicília, sul da Itália, Turquia, terras no mar Negro, Índia, Portugal e Sudão. 

A Evolução Grega 

Em algumas cidades, a agricultura foi substituída por outras atividades econômicas, que atraíram elementos estrangeiros e provocaram o aumento do números de escravos. As classes que não participavam da política aumentaram, numericamente, enquanto se agrupavam na cidade propriamente dita. Com isso, tomaram consciência da força que possuíam que até então haviam ignorado por causa de sua vida dispersa na lavoura. 

O aparecimento da moeda foi outro fator da revolução da econômica. Riquezas móveis se constituíram e, houve descontentamento entre as classes sociais inferiores. As lutas políticas sucediam-se. Como solução, promulgaram-se leis para regulamentarem as relações de classes. 

Os excessos de luxos constituíram uma das preocupações de quase todos os legisladores. Conhecem-se leis de Pítacos, Sólon e Zaleucos relativas ao uso de jóias femininas e cortejos fúnebres. 

Com a crise, o regime aristocrático propiciou o surgimento da tirania, representada pelo menos por duzentos tiranos distribuídos ao longo da história grega. 

Os tiranos gregos tinham como principal intuito serem aceitos pelo mundo como protetores da justiça e da religião, e procuravam rodear-se de literatos e de artistas, que os transformavam em elementos benfeitores, conseguindo-lhes com isso simpatia e prestígio. 

Espartanos e Atenienses 

Os atenienses constituíram a democracia padrão na Grécia clássica. 

Os espartanos, como mantinham condições de vida semelhantes a de um exército recluso, sofreram poucas modificações políticas, permanecendo sempre com as características de um Estado aristocrático. 

Tanto Esparta como Atenas mantiveram constantes lutas pela hegemonia grega. Atenas teve o seu apogeu no transcorre da época de Péricles (463-529 a.C.). Péricles foi o principal representante do partido democrático, que subiu ao poder em 463 a.C.. Teve como principal objetivo de sua política a melhoria das condições de vida da população, transformando e melhorando também as características da política externa. 

Quanto à cultura, procurou atrair os intelectuais de todas as localidades da Grécia, favorecendo-os e instalando-os em Atenas. Sua época foi marcada por nomes de grandes personalidades: 

Fídias, arquiteto e escultor; 
Sófocles, autor de tragédias; 
Heródoto, o grande historiador; 
Ésquilo, autor de tragédias; 
Sócrates, o pai da filosofia; 
Eurípedes, autor de tragédias; 
Aristófanes, comediógrafo. 

No fim do governo de Péricles, eclodiu a luta entre Esparta e Atenas, que seria uma das mais longas e violentas guerras do mundo antigo, e que passou para a História como a guerra do Peloponeso. 

Os constantes desentendimentos bélicos entre as cidades gregas somente conseguiram abalar a unidade do país, propiciando a Filipe I I que concretizasse a sua conquista. 

Após haver conseguido impor-se aos gregos, muitos acreditam que o rei macedônio estivesse cuidando dos preparativos para submeter os persas, o que não conseguiu levar a contento, pois foi assassinado por Pausânias, em 336 a.C., deixando seu trono para seu filho, Alexandre. 

As Conquistas de Alexandre 

Contava, então, Alexandre, 20 anos, e era considerado um homem culto e admirador do helenismo, acreditando-se que tenha sido discípulo de Aristóteles. Tratou de consolidar, na Grécia, a obra de Filipe. Invadiu Tebas, e a destruiu. Venceu Atenas. Depois da vitória de Granico, submeteu a Ásia Menor, além de outras vitórias. Morreu em 323 a.C. 

Depois de sua morte, desentendimentos e lutas entre os generais provocaram a divisão do Império em 3 grandes reinos: 

o do Egito; 
o da Síria; 
o da Macedônia. 

Tempos depois, reinos menores originaram-se desses 3 grandes reinos: 

Epiro; 
Ponto; 
Bitínia; 
Galátia; 
Pérgamo; 
Capadócia; 
Pártia; 
Bactriana. 

Esses pequenos reinos constituíam os estados helenísticos. 

Período Helenístico 

Também na religião o regime se impôs. Foi estabelecido o culto dos reis, transformando o rei quase em um deus. 

A escultura helenística orientava-se no sentido de causar efeito, e se caracterizava pelas grandes proporções. Os principais centros esculturais foram Pérgamo e Rodes. O Colosso de Rodes era uma das setes maravilhas do mundo antigo. Na pintura, sobressaiu-se Apeles. Na poesia, notabilizaram-se Teócrito e Menadro. O historiador mais célebre foi Políbio. Na filosofia, aparecem Zénon, Pirro, Diógenes e Epicuro. Também viveram nessa época: 

Euclides, o pai da geometria; 
Arquimedes, o pai da física. 
O apogeu da arte grega ocorre com a fusão da Macedônia, sendo esse período denominado de helenismo.


Absolutismo e Mercantilismo – Características, Estado, Burguesia e Nobreza

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Conceitos Gerais

O Absolutismo foi uma forma de governo existente na Europa durante a época moderna (entre os séculos XVI e XVIII). Foi caracterizado pela concentração dos três poderes (Legislativo, Judiciário e Executivo) nas mãos do governante, com exceção da Inglaterra que teve diferente distribuição do poder (veremos isso mais a diante).

O Mercantilismo é uma política econômica do capitalismo comercial, que está estreitamente ligado ao processo de formação das Monarquias Nacionais europeias – dando origem ao Estado Moderno.  A Combinação do Absolutismo e do Mercantilismo formou o que historiadores chamam de Antigo Regime, o qual possui características próprias e que marcaram a época.

Antecedentes e Contexto do Absolutismo

Aliança do Rei e a Burguesia, que dei apoio econômico, contribuindo para a formação de um Exercito Nacional como instrumento de centralização dos poderes sendo empregado conta  os nobres que se recusavam a aceitar o poder real. Pouco a pouco, numerosos senhores foram submetidos, e o domínio real se expandiu.

Destacamos o Absolutismo em quatro países: Portugal, Espanha, França e Inglaterra – nos quais houve uma forte monarquia, os dois primeiros anteriormente e os últimos com um certo “atraso”, decorrente de Guerras e fatores internos.

Características Gerais do Absolutismo e suas Práticas

* Concentração de poderes na figura do Rei. O Estado era representado pela pessoa do Rei, isso fica claro na frase de um dos monarcas símbolo do Absolutismo Luís XIV (Rei Sol): “O Estado sou Eu.”

* Nobreza como um “parasita” do Estado, pois o rei para não entrar em conflito com o nobres, os financia e sustenta. Um bom exemplo, ainda com LuísXIV, foi a construção do Palácio de Versalhes na França – servia de moradia a milhares de nobres.

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* Utilização da Religião como instrumento do Estado, para fortalecer e justificar seus poderes.

* Como prática econômica o Mecantilismo, que poderia ter variações resultantes das condições históricas do país (desenvolvimento do capitalismo comercial e da Burguesia Mercantil, forma de evolução do poder do Estado, recursos agrícolas e industriais). Em geral, o Mercantilismo se baseava em:

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- Metalismo – acumulação de ouro e metais preciosos;

- Balança Comercial Favorável – procurava-se manter o número de exportações maior do que o de importações, garantindo o enriquecimento do país, sendo um “termômetro” do desenvolvimento do país;

- Protecionismo – intervenção do Estado no mercado para favorecer a balança comercial – podia se manifesto de diversas formas inclusive a militar;

- Monopólio e Sistema Colonial – monopoliza a compra e revenda de produtos coloniais, em síntese o Pacto Colonial (relação Metrópole e colônia).

Veja o Quadro Resumo das Características do Antigo Regime:

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Teóricos do Absolutismo e suas Obras:

* Thomas Hobbes – escritor de “O Leviatã” cuja ideia central é de que para manter o poder o Rei e o exército devem ser temidos pelo povo.

* Jacques Bossuet – desenvolveu a “Teoria do Direito Divino dos Reis” a qual justificava que o poder dos monarcas era dado por Deus e portanto incontestável.

* Nicolau Maquiavel – autor de “O Príncipe” que é interpretado pela frase (que não foi escrita no livro mas é uma síntese deste): “Os fins justificam os meios”, ou seja, o governante poderia se usar de qualquer ato para preservar seu poder.

Informações sobre as Formas do Absolutismo na França e Inglaterra:

* Sofrem um atraso por dois motivos basicamente: a Guerra dos 100 anos, que envolveu os dois países, além de Guerras Civis – na França foi a Guerra de Religião (Papistas – Católicos X Hugenotes – Calvinistas), já na Inglaterra a Guerra das duas Rosas (entre famílias).

* Destacam-se do Absolutismo Francês a Dinastia Bourbon, com reis como Luís XIV, o Rei  Sol, que vivenciou o auge desse governo e contribuiu para sua decadência e endividamento.

* Já no Absolutismo Inglês destacamos a Dinastia Tudor, com reis como Henrique VII e rainha Elizabeth I, e a Dinastia Stuart. O Absolutismo, propriamente dito, nunca aconteceu na Inglaterra, pois há a presença de um Parlamento, consolidado pela Revolução Gloriosa (1688), quando Guilherme Orange assina a uma constituição que limita os poderes do rei “Bill of Rights”. Foi criado assim o Parlamentarismo Monárquico.

Conclusão – História

O absolutismo é marcado pela necessidade do fortalecimento do poder dos Estados de modo que lhes permitisse concorrer com outros países. Resulta dos interesses da Burguesia, porém o rei também se aproxima da Nobreza numa forma de manter o equilíbrio entre as classes.

A França conheceu a forma mais forte do poder absoluto no século XVII, o poder real não conhecia limites. Já na Inglaterra, no século XVI houve o estabelecimento do Absolutismo, porém o poder continuava com o Parlamento, que representava a nação.

 

 

Renascimento Comercial e Urbano. Resumo

 
O Renascimento das cidades e do comércio = Ficha resumo
 
            Na Baixa Idade Média, o sistema feudal passou por profundas transformações. As cidades cresceram e com elas, o comércio e a produção artesanal  tiveram um grande impulso. Surgem novas rotas comerciais, feiras e a econômica monetária (uso de moedas na compra e venda de mercadorias)
 
A partir do século XII surgiram as feiras, onde vários mercadores e reuniam para as vendas de seus produtos (tecidos, peles, gados, couro, açúcar, sal, trigo). Nestas feiras surgiram também os cambistas que trocavam moedas e emprestavam dinheiro a juros.
 
Muitas cidades tiveram  que se libertar dos seus antigos senhores feudais através de pagamentos aos senhores (carta de franquia) ou através de uma ordem do rei (carta real). Há ainda casos de cidades que se libertaram através de guerras.
 
Nas cidades, um novo grupo de pessoas começaram a ganhar importância. São pessoas que se dedicam ao comercio: os burgueses. Os mercadores (burgueses) começam a circular por vários pontos da Europa.
 
A intensificação das trocas (feiras) levou ao surgimento de algumas rotas comerciais, isto é, caminhos utilizados pelos mercadores para realizar suas trocas comerciais. Estas rotas se tornariam importantes centros comerciais, como: Paris, Frankfurt, Colônia, Gênova, Veneza, Constantinopla e Flandres.
 
Muitos mercadores se organizavam para defender seus interesses comerciais e formavam associações de mercadores (exemplo: Liga Hanseática).
 
Com o ressurgimento do comércio, as cidades começaram a crescer. Os nobres e os burgueses moravam com conforto e luxo, mas a maioria da população vivia em casas pequenas e pobres. As pessoas trabalhavam com o comércio, artesanato e agricultura. Os artesãos se organizaram nas Corporações de Ofício para protegerem seus interesses. Os artesãos trabalhavam nas oficinas medievais e lá havia o mestre, o oficial, o aprendiz e o jornaleiro.
 
As cidades eram muradas e com o passar do tempo seus muros foram ampliados  e devido à falta de higiene surgiram epidemias e doenças. Nas cidades, aos poucos, o seu comando foi sendo assumido pelos grandes mercadores que passaram a ocupar os cargos de prefeitos e de conselheiros. Um novo tempo está surgindo.

 

 

Nova camada...